Resultados Obtidos e Discursão





Entrevista realizada com os moradores do bairro S. M.C


Foram entrevistados 50 moradores do bairro, e obtivemos os seguintes resultados.
1. Qual a destinação que você dá ao seu lixo doméstico?
98% afirmam colocar tudo em um saco plástico para o caminhão levar.
2% afirmam fazer a queimada dos resíduos que o carro não leva.
2. Você tem o cuidado em organizar seu lixo para ser coletado pelo caminhão?
Todos os moradores dizem ter o cuidado em colocar o lixo para o caminhão da coleta levar, mas não há uma preocupação em separar os resíduos e os mesmos vão todos misturados.
3.  De que forma o lixo jogado nas ruas, avenidas e praças estão afetando a sua vida?O lixo mal descartado lhe incomoda?
95% dos moradores responderam que se preocupam, por que podem causar doenças e outros prejuízos quando chove.
5% dizem que não lhe afetam e nem incomodam.
4.  Você tem feito algo para amenizar a situação do lixo jogado nas ruas?
98% responderam que não. Só se preocupam em organizar seu lixo doméstico.
2% responderam que sim. Eles disseram que limpam sua rua e se preocupam em coletar os resíduos que encontram, para não haver lixo espalhado pela mesma.
5. Que práticas você tem adotado em sua casa para a redução do lixo e um possível aproveitamento do mesmo?
98% responderam que não fazem nada para diminuir a produção do lixo e também não fazem nenhum reaproveitamento do mesmo.
2% responderam que juntam garrafas pets, vidros, latas, ferro, alumínio para pessoas que passam recolhendo esses materiais para reciclagem.
6. Quais os impactos que o lixo tem causado em sua vida?
95% afirmaram ter sofrido ou tiveram outro membro da família acometido por doença proveniente do lixo.
5% dizem não ter lhe causado nenhum problema.



Entrevista com o médico no Posto de Saúde do Bairro
Em relação ao questionário respondido pelo médico, pode-se perceber uma grande preocupação em relação ás inúmeras doenças que acometem aquela população devido aos vários agentes, principalmente o acúmulo irregular do lixo.
Quanto às questões, todas foram subjetivas. A primeira questão  foi sobre as doenças mais frequentes no bairro, o médico citou as doenças crônicas degenerativas (hipertensão, diabetes) e as doenças infecciosas como a diarréia, parasitoses intestinais, tuberculose, as IRAS, dengue, etc. Sendo que os principais agentes causadores são os maus hábitos alimentares, falta de atividades físicas, ausência de higienização, saneamento básico inadequado e agressões ambientais em geral.
Perguntando sobre quais as ações que eles (agentes da saúde) adotam para diminuir o número de casos, ele disse que o foco das ações é a medicina preventiva, tais como: vacinação, orientações domiciliares, sensibilização da população sobre a importância do cuidado com o lixo doméstico, etc.
Agora em relação às várias doenças originadas do lixo, o médico relatou que são feitas com frequência campanhas  com a intenção de mobilizar à população(palestras, multirões)sendo que  as mesmas informam sobre os meios mais eficazes para o controle e reaproveitamento do lixo, que ao mesmo tempo traz benefícios a saúde da comunidade.Essas ações visam a conscientização da população de que as medidas de controle e erradicação dessas doenças só é possível com a ajuda de todos os moradores envolvidos e comprometidos com as campanhas.
De acordo com o médico as campanhas surtem efeitos positivos, pois ajudam a diminuir os casos, pelo menos no período em que foram realizadas, pois há sempre a necessidade de esta relembrando á comunidade sobre essas medidas preventivas, e esse trabalho é feito pelos agentes de saúde que visitam com frequência as casas dos moradores. 




Entrevista realizada com Supervisor da coleta domiciliar e hospitalar SDU/norte

Dirigimos-nos a SDU levando os nossos questionamentos, e uma das nossas primeiras perguntas foi a cerca de qual o destino do lixo após a coleta, e o mesmo nos assegurou que todo o resíduo vai para o aterro sanitário, onde é compactado por um trator e em seguida enterrado. Ele nos fez saber o quanto é precário o tratamento recebido pelo lixo, pois avalia o trabalho feito pela empresa que presta serviços de coleta como sendo de 60%, a SDU apenas é o órgão que fiscaliza e decreta o trabalho.
O Supervisor comentou que a gestão do lixo nas comunidades é feita através de campanhas educativas, onde a população tenha a ação de juntar todos os resíduos domésticos em sacos plásticos com a boca bem amarrada, mais ou menos quarenta minutos antes da vinda do caminhão coletor, sempre observando os dias e horários de costume.
Sabe-se que hoje há uma necessidade de se fazer a coleta seletiva, mas segundo o Supervisor esse trabalho encontra-se desativado, mesmo com a existência de alguns desses postos na cidade, a prefeitura em si não investe nesse campo, argumentando que não há uma cooperação por parte da população. E o pessoal das cooperativas de reciclagem é quem atualmente trabalha com esse material da coleta seletiva.  
Os terrenos baldios geralmente servem de depósitos de lixo e abrigo para os vetores de doenças que aproveitam desses materiais para se reproduzir, questionado sobre esse tema o entrevistado relatou que a SDU sempre tem tido a preocupação de fazer a fiscalização periódica desses locais, e quando encontrado irregularidades os donos são notificados e recebem um prazo para colocar em prática a sua obrigação.